Julho terá oito eventos de parapente e consolida o Brasil como potência do voo livre

A Seleção Brasileira encerrou sua participação no 3º Campeonato Mundial de Asa Delta – Classe Sport, realizado em Laveno Mombello, Itália, com excelentes resultados individuais e uma atuação coletiva marcante. O evento aconteceu entre os dias 1º e 14 de junho de 2025, reunindo os melhores pilotos do mundo da categoria.
De acordo com o capitão da equipe brasileira, Mario Campanella, o Mundial exigiu muito mais do que habilidade técnica. “Foi uma jornada em vários aspectos. Os pilotos têm que estar preparados física, mental e tecnicamente. O equipamento também precisa estar à altura do desafio que é um campeonato mundial.”
A equipe brasileira foi formada por quatro pilotos que, embora já se conhecessem, nunca haviam convivido juntos em uma competição. Durante 21 dias, encararam a missão de completar — e completar rapidamente — as provas propostas durante os 12 dias de disputa válidos. O início foi marcado por cancelamentos devido ao clima instável. Depois, as provas começaram a acontecer, ainda com condições meteorológicas bastante exigentes.
O Brasil terminou na 5ª colocação por nações, logo atrás de Áustria, Reino Unido, França e Itália — um resultado expressivo diante da competitividade do evento. Durante a competição, a equipe chegou a ocupar a terceira posição no ranking por equipes e a piloto Thaise Galvan iniciou o campeonato em segundo lugar na categoria Sport.
No resultado individual final, os brasileiros alcançaram as seguintes posições:
Márcio Freire Fernandes – 5º lugar geral
Thaise Galvan – 8º lugar geral e vice-campeã feminina (P2)
Guilherme Richa – 21º lugar geral
Campanella destacou o desempenho da equipe: “A Thaise voou junto com os melhores no início e, mesmo com fadiga no final, fechou com um resultado excelente. O Guilherme teve uma evolução natural, mostrando crescimento ao longo da competição. O Márcio mostrou que ainda tem muito a render e foi muito elogiado pelos outros pilotos.”
O capitão também ressaltou o fortalecimento da categoria Sport. “Foi gratificante ver novas caras surgindo em diversas equipes. Isso traz esperança para o futuro da asa delta. Os equipamentos evoluíram muito, e a competitividade está maior do que nunca. A performance das asas Sport está muito próxima das Topless, surpreendendo até os mais experientes.”
Segundo Campanella, o campeonato mundial comprovou que a classe Sport já não é mais apenas uma promessa. “Essa categoria já é uma realidade que atende tanto pilotos iniciantes quanto experientes. Este mundial abriu uma nova avenida para o esporte. Muitos pilotos certamente ficarão interessados em voar com essas asas.”
A equipe brasileira celebrou o entrosamento, os resultados e os aprendizados adquiridos durante o evento. A experiência reforça o compromisso do Brasil em seguir se destacando nas competições internacionais e em fortalecer a comunidade do voo livre.
“Foi uma experiência gratificante e saímos satisfeitos com os resultados. Bons voos a todos e até o próximo mundial”, finaliza Campanella em nome da equipe formada por Thaise, Guilherme, Márcio e Campanella.