Brasil encerra Mundial de Asa Delta em Áger com desempenho sólido e superação nos céus da Catalunha

06 de agosto de 2025 - Por Lucas Axelrud

O 24º Campeonato Mundial FAI de Asa Delta – Classe 1 e o 10º Mundial FAI – Classe 5 chegaram ao fim em Áger, na Espanha, e o Brasil mostrou, mais uma vez, por que é uma potência mundial do voo livre. Foram dias intensos, com provas desafiadoras, condições variadas e muita entrega. Ao final das nove tasks válidas, o Brasil conquistou a 9ª colocação por equipes entre 32 países — uma campanha consistente, com desempenhos expressivos e grandes momentos nos céus catalães.

Um início promissor e bem encaixado

A jornada teve início oficial no dia 13 de julho com o desfile das nações. No dia 14, foi realizado o treino oficial. As provas começaram no dia 15 e já demonstraram o nível técnico elevado da competição. Na Task 1, o time brasileiro largou bem e bateu o primeiro pilão junto com o pelotão de elite. Álvaro “Nenê” Figueiredo Sandoli, Glauco Pinto e Guilherme Sandoli estavam bem posicionados, mas uma escolha de rota na travessia de um vale acabou atrasando a equipe. Mesmo assim, Nenê finalizou em 11º, com David Brito Filho em 26º, e os demais pilotos brasileiros completando a prova com consistência.

Task 3 intensa e marcada por interrupções

A terceira task foi interrompida por motivos de segurança após acidentes ocorridos durante a prova. As condições estavam técnicas e exigentes, com trechos que demandaram decisões rápidas e leitura apurada das térmicas. Nenê Figueiredo Sandoli obteve o melhor desempenho da equipe, terminando em 2º lugar na prova. A equipe lidou ainda com a saída de José Guilherme Lopes Lessa, que precisou deixar a competição em decorrência de uma lesão. O time seguiu com cinco pilotos.

Excelente desempenho na Task 5

Na quinta task, os pilotos encararam quase 116 km de voo em um dos melhores dias da competição em termos de condição. Segundo os relatos, foi um dia liso, com térmicas redondas e de excelente aproveitamento. Apesar do teto baixo no start, a largada brasileira foi forte. Nenê e Glauco Pinto integraram o pelotão da frente e voaram bem até o final, terminando em 3º e 10º lugar, respectivamente. Bruno Sandoli, Guilherme Sandoli e Luiz Diniz também completaram a prova com boa pontuação. Com esse desempenho, o Brasil subiu posições na classificação geral por equipes.

Task final: 156 km até os Pirineus e retorno

O último dia do Mundial trouxe uma prova longa e desafiadora: 156 km de bate-volta até os Pirineus. Foi uma task técnica, com trechos críticos, poucas opções de pouso e térmicas exigentes. Guilherme e Bruno Sandoli conseguiram completar a prova, encerrando com firmeza a participação brasileira. Também completaram Luiz Augusto Diniz, Nenê Rotor e Glauco Pinto.

Balanço final

Com nove tasks válidas, condições climáticas variadas e alto nível técnico entre os competidores, o Mundial de Áger foi uma competição exigente e de muito valor esportivo. O Brasil terminou em 9º lugar por equipes, com destaque para a consistência do time e a capacidade de enfrentar desafios ao longo da competição.

Fica registrada a dedicação dos pilotos, o espírito de equipe e a paixão pelo voo livre. A experiência em Áger reforça o potencial brasileiro em competições internacionais e fortalece o preparo para os próximos desafios.

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