Definidas as sedes e datas do Campeonato Brasileiro de Parapente 2026!

O céu de Castelo (ES) foi palco de uma nova história do voo livre: o 19º Campeonato Mundial de Parapente FAI reuniu mais de 130 pilotos de 53 países em um cenário incrível, entre as lindas serras capixabas e a proximidade com o mar.
A condição de voo foi desafiadora — como era esperado para essa época de ventos fortes na região. O sítio de voo, localizado muito próximo ao oceano, trouxe dias variados: algumas provas exigiram paciência e cautela dos pilotos, aproveitando térmicas mais fracas; outras tiveram condições estratosféricas, que permitiram voos velozes e muito pé no fundo até cruzar o end. Em meio a isso, algumas tasks precisaram ser paralisadas pela força do vento, obrigando pilotos a pousarem ao longo do percurso.
Mesmo nesse cenário, o evento entregou 8 provas válidas e consolidou-se como uma conquista histórica para o Brasil como anfitrião.
O domínio foi francês do início ao fim. Baptiste Lambert levou o título de campeão mundial, seguido pelo compatriota Honorin Hamard. No feminino, a campeã mundial foi Constance Mettetal, que confirmou o favoritismo. O jovem espanhol Marcelo Sánchez Vilchez chamou a atenção ao garantir o 3º lugar no masculino com atuações fenomenais.
O Brasil mostrou consistência e se manteve competitivo diante das condições exigentes:
Luciano Horn foi o destaque, terminando em 20º na classificação geral e brilhando no início da competição com dois top 6 (P6 nas provas 1 e 2).
Érico Oliveira cravou seu nome ao matar a prova 4 em uma atuação espetacular, e finalizou em 45º.
Washington Peruchi completou a campanha brasileira em 95º.
No feminino, Marcella Uchoa ficou em 19º, mostrando mais uma vez sua qualidade e determinação.
Mais do que competição, o Mundial em Castelo foi um encontro inesquecível. A hospitalidade brasileira impressionou atletas do mundo todo: a cidade de Castelo mostrou-se, mais uma vez, muito receptiva, com momentos de confraternização sempre animados, mesmo entre nacionalidades tão diversas e línguas variadas.
A organização do evento, encabeçada por Frank Brown e sua equipe, foi impecável, executando com maestria cada detalhe da competição. Tudo isso reforça o Brasil não apenas como potência mundial do nosso esporte, mas também como referência em acolhimento, estrutura e celebração da grandiosidade do voo livre.