Julho: brasileiros voam alto de asa e parapente na Europa

No mês passado rolaram duas competições incríveis no Velho Mundo: o Europeu de Asa Delta e o PWC na Macedônia. Os brasileiros estavam lá!

01 de agosto de 2022 - Por Guilherme Augusto

As competições de voo livre estão aceleradas na Europa, onde o verão garante excelentes gradientes, tetos altos e ótimas condições de decolagem. Por isso, em julho rolaram o 21º Campeonato Europeu de Asa Delta e etapa do PWC, na Macedônia do Norte, agitando dois dos principais sítios de voo do continente!

‘O melhor Europeu de todos’

O Brasil competiu no Europeu como convidado e estávamos representados por dois sortudos. Dois pilotos super experientes que aproveitaram condições como há tempos não víamos: Mario Campanella e Konrad Heilmann! Também contamos com a jovem Thaíse Galvan, que fez voos com pontuação mas ganhou experiência na região. Qual região? Monte Cucco, um dos mais tradicionais circuitos da asa delta na Europa.

Íntimo de provas na Itália, Campa não poupou elogios. “A meteorologia tava sensacional. Foram 9 dias de provas e, somando com os treinos, eu voei 11 vezes! Fora que a condição foi animal, teto alto, calor, boas térmicas. Isso permitiu a prova mais longa da história do Monte, com 201 km! Foi o melhor Europeu de todos os tempos”.

O evento rolou de 10 a 23 de julho. Na classificação, melhor para o time da casa, que faturou o título por Nações e ainda garantiu dobradinha da Open com os italianos Alessandro Ploner e Christian Ciech em primeiro e segundo. Na disputa por países, prata para Alemanha e bronze para a Chéquia.

Mas todos os 120 pilotos curtiram muito, independente da posição no ranking. Afinal, se divertiram com teto acima dos 2.500 metros e várias provas superando os 150 km de extensão. Para ter noção de como a condição estava animal, foi possível voar 187 km em apenas 2h44min!

Na entrevista, Campa ainda destacou dois pontos. “Primeiro, a camaradagem da asa. O clima entre os pilotos tava incrível, todos éramos amigos, conversávamos e brincávamos, independente se rivais no esporte ou não. E também a presença da Thaise. Legal demais ver a asa se renovando e acompanhar esta experiência dela. E voou muito, hein? Várias decolagens e voos na casa das 3 horas. Voou bem, pousou bem, mandou bem!”.

Parapente de volta à Krushevo

A região de Krushevo, na Macedônia do Norte, acelera para ser um dos principais sítios de parapente da Europa. Sede do Mundial de 2019, já recebe cerca de 10 grandes eventos todos os anos! O último foi o PWC, de 14 a 21 de julho.

A missão de representar o Brasil estava nas mãos do experiente Thomas Milko e do jovem e talentoso Tulio Subirá. Eles encararam o que, nas palavras de Thomas, foi um dos eventos com nível mais elevado dos últimos anos.

“Foi uma das etapas mais difíceis que já vi no PWC. Isso porque a galera tá muito forte depois da pandemia e o evento rolou uma semana antes do Europeu, então tinha muita gente ‘treinando’ pra ele”.

Já a condição foi bem diferente da encontrada na Itália. “Tava fraca, mas isso teve um lado bom porque a organização tentou coisas diferentes. Numa prova, por exemplo, levaram os pelotões para a região do Lago Ohrid, um dos mais antigos e famosos da região. Um lugar fantástico!

E a Super Final do PWC?

Na entrevista, Milko aproveitou para dar spoilers sobre como deve ser a maior competição do PWC. Em 2022 a Super Final rola de 6 a 12 de dezembro em Valle del Bravo, no México.

“Eu não vou estar presente porque não somei pontos, mas a galera pode esperar bons voos. Nesta época o voo é mais calmo, já que a condição mais forte é em janeiro e fevereiro. A região é muito bonita e tem relevo diverso, com pontos arborizados, planícies e pequenas montanhas. Tem uma curiosidade que é a chegada, que pode ser perto de um lago e exige cuidado para que a galera não caia na água”.

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